sábado, 20 de dezembro de 2008

Espelho, espelho meu...

... existe alguém com uma mãe mais linda e poderosa do que eu?




Oooooooooooooo saudaaaaaaaaaade dessas criaturinhas!
Manhêêêê! To chegaaaaaaaando!!!!

Ps: Deus, me ajuda a ter herdado essa genética! Porque não é pra qualquer um! hahaha

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"TODO SE TRANSFORMA"

Hoje (como se fosse hoje... penso nisso há semanas) eu estive pensando sobre o que foi 2008 pra mim.
É clichê, eu sei, mas é também inevitável chegar nesta época do ano e não pensar sobre o que passou, sobre o que esperar... Enfim, a virada do dia 31 para o dia 1 é só mais uma madrugada, mas não consigo escapar disso.

Começando pelo final, acho que consigo descrever o que foi mais marcante neste ano com uma palavra:
SAUDADE

2008 foi, definitivamente, o ano da saudade. Saudade de cheiros, de pessoas, de comidas, de lugares, de carinhos... Saudade de tanta coisa, que não cabe aqui.

Este ano também foi pontuado pelos desafios.
Encarar a mudança pro Rio, sem saber onde morar, sem conhecer quase ninguém.
Voltar pra vida de estudante, uma prova por semana, trabalhos, cobranças... "Seu emprego por uma nota abaixo da média". Bela navalha pairando sobre a cabeça.
O desafio da distância de tudo que era consolidado, querido e indispensável.
Não é a toa o lema "o desafio é a nossa energia". No meu caso "o desafio roubou minha energia".
Porque assim foi até pouco, pouquíssimo tempo atrás.

Nessa época houveram ainda os pequenos tropeços (um deles foi literal, inclusive). Primeiro, a tal "gastrite nervosa". Realmente, "nervosa" foi uma qualificação que se encaixou bem em mim nestes meses de rotina absurda de 8 horas de aula por dia com mais muitas de estudo em casa.
Depois veio o tropeço real, o ligamento do tornozelo rompido, o desespero de achar que não poderia ir pra etapa vivencial...
Essa foi uma época de trevas. Minha auto-estima se escondeu dentro da botinha de imobilização que eu usava no pé. Encerrei com chave de ouro naquelas semanas de sedentarismo involuntário o meu processo de engorda. Eu falo "engorda" porque acho que engordei numa taxa maior do que um porco que se destina pra esse fim. Foram 12 quilos no total. Não, você não leu mal: eu engordei 12 quilos aqui no Rio, no espaço de uns 4 meses (tá ok, a culpa não foi só do pé machucado).

E assim, lá fui eu viajar pra Santos, me sentindo óóótima (ironia [on]).
Mas lá encontrei meu pai e a Matiko, e acho que foi mais ou menos nessa época que esse relato deixa de ser desastroso pra se tornar quase um happy end ("quase" porque eu não pretendo que tenha fim).
Nessa época, veio a primeira conquista: o primeiro passeio na praia, sem tornozeleira, de pés descalços, sozinha. Era um dia que nem sol tinha direito. Mas não interessava. Eu chorei. Chorei, como uma criança. Andei várias quadras, dei até uns pulinhos (ignorando a dor eventual). Essa caminhadinha me rendeu uma semana de dores mais intensas, mas eu não dei bola. Eu consegui, e isso é que foi importante.

Também foi por esses dias que conheci o Pilates. Eu me apaixonei, por ser algo que respeitava meus limites e que não tinha um bando de gente se amando na frente do espelho. Ali eu senti que estava fazendo alguma coisa por mim, pra ter a minha saúde de volta. Aí eu me lembro de ficar ecoando na minha cabeça uma chamada de um programa no Dyscovery Home & Health: "It's not about weight loss, it's about being healthy and living as long as you can". Aliás, isso ainda ecoa na minha cabeça, e agora é a minha filosofia sobre esse assunto.

Depois teve Macaé. Quando penso em Macaé, me ocorre que, quanto menor a expectativa, maior a chance de dar certo. Eu fui pra lá achando que seria tudo horrível. Tudo bem, a cidade realmente é o ó, mas Macaé me fez tão, tão bem, que não tenho um "i" pra falar de lá (de ruim).
Lá foi a vez de começar a colocar a cabeça em ordem, já que o corpo já começava a se disciplinar novamente. Passei muito tempo sozinha lá (enquanto todos embarcavam e eu não, e aí foi mais um pequeno tropeço), e esse tempo foi providencial.

De volta ao Rio, comecei a procurar o melhor de mim. Tão logo cheguei, retomei o Pilates, que me deu combustível para retomar a rotina de aulas e para os passeios de bicicleta. Estes, agora, se tornaram parte indispensável da minha vida. Quando saio, e sinto o vento no rosto, quando olho praquela paisagem inacreditável, quando chego em casa podre de cansada, aí é que as energias transbordam de mim, e eu acho que sou capaz de abraçar o mundo.

Finalmente, pra conseguir fechar o ano com um saldo positivo, acredito que estou mais sensata e mais equilibrada agora do que em boa parte do tempo destes quase 365 dias.
O melhor de tudo isso é a paz que eu tenho sentido dentro de mim desde que eu consegui promover uma mudança na minha vida. O episódio do pé machucado foi crucial. Na época eu pensei que me machucando todo ano, como vem acontecendo, o que vai sobrar de mim quando ficar velhinha? O susto foi grande e me abriu os olhos para o fato de que não dá mais pra ficar adiando as coisas. Pensando "quando eu estiver com uma vida 'normal' eu terei uma vida mais saudável". E o que é a "vida normal"?

Pedidos pra 2009?
Que continue nesse tom, a cada momento conseguindo discernir melhor o que é realmente importante.

E pra bem ilustrar este momento iluminado, uma foto do meu fotógrafo preferido, de um dos lugares mais lindos da minha querida Porto Alegre.

Foto: José Drehmer (conhece?)



Ah, e por falar em saldo positivo, já se foram 5 quilos! Agora faltam "só" 7


Jorge Drexler - Todo Se Transforma
"Cada uno da lo que recibe
Y luego recibe lo que da,
Nada es más simple,
No hay otra norma:

Nada se pierde,

Todo se transforma.
"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tô Viva!

Hoje passei aqui pra dar uma olhadinha e ver se estava tudo bem com o blog, e me dei conta de que este mês só postei uma mísera vez!

É que dezembro, só pra variar um pouco, está me consumindo totalmente.

Eu até estou cheia de idéias pra escrever aqui, mas, infelizmente, o blog passou pra prioridade n nestes dias. E também estou guardando minhas palavras para preencher os vazios na minha monografia de fim de curso, que tem roubado meu tempo de leituras, de escritas, e de um pouco mais.

Esta semana o Rio está triste e choroso, chove, chove, chove.
Cântaros.

Então nem mais espaço para meus passeios de bici durante a semana eu tenho encontrado.
Assim, como a consciência pesa quando não faço algo relacionado a estudos nas horas vagas, tenho me dedicado praticamente de maneira integral ao curso.
Isto também é desculpa para despistar a ansiedade, que tem me rondado afoita nos últimos dias.
Estou com saudade que chega a doer da minha casa em Erechim e da minha família, que vai, num momento raríssimo, estar reunida neste Natal!

Assim os dias vão passando, e devagarinho chega o tão esperado dia 23, quando enfim entro num avião e depois num ônibus, pra no fim, encontrar minha terra e minha gente.

Só o que eu consigo pensar agora é nessa viagem, e numa maneira de me concentrar pra prova de segunda, que não terá nem resquícios de facilidade...

Por hora, a música que tem me acompanhado nesse momento:

Maria Rita - Encontros e Despedidas

"Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida"

Inclusive a Maria Rita faz show aqui no Rio amanhã, e eu não vou porque os ingressos já se esgotaram... Também, por 35 reais, só podia esgotar mesmo...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Quaaaaaaase

Eu ia escrever antes do jogo.
Mas não deu. Hoje já estava me consumindo de ansiedade desde a hora em que acordei.
Principalmente depois de sonhar que um milagre aconteceu e que o Grêmio tinha "saído campeãããão!".

Agora o jogo acabou, o Grêmio ganhou, mas foi quaaaase...
Tá ficando foda esse negócio de quase!
Ano passado quaaaase tri da Libertadores.
Esse ano quaaaaaaase tri brasileiro.

Mas fazer o quê, não é mesmo?
Esse é o meu time do coração, e as coisas do coração, por mais que quase nos matem às vezes, estarão sempre ali, e sempre as amaremos independente de qualquer coisa.

Foto: ZH

Importante é que não há nenhum colorado que eu conheça num raio de uns 1000 km, pelo menos!
E também vai dar pra tocar um flautinha com a incompetência dos times cariocas!

Bom, vida que segue, amanhã a primeira prova em 10 semanas.
Taí uma coisa da qual não senti a menor falta! Mas agora, realidade de novo, provas todas segundas-feiras. Com o bônus de vários trabalhos e uma monografia.

Aliás, é por conta da bendita monografia que eu ando meio sumida daqui...
Estou tentando dar um "ligeirão" até o Natal pra poder ir pras festas com a cabeça um pouco mais tranqüila.

No mais, firme no pilates e nas voltas de bici pela orla. Coisas pra manter a cabeça no lugar.
Sinto que muita coisa mudou do vivencial. Algumas pra pior, mas muitas pra melhor.
Então estou tentando manter o equilíbrio me apoiando nas coisas que melhoraram.
E tem funcionado, parece que consigo respirar, e, como já disse aqui outro dia, me sinto no comando outra vez (da minha vida). Tenho a sensação de que uma nova fase se abre.

Acho que o nome disso é Serenidade.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Recomeço

Bom, lá vamos nós de novo!
Hoje, sem sobressaltos, a turma foi dividida em duas.
Eu fiquei no Abast, como já era o que eu queria desde que o início.
Algumas pessoas ficaram insatisfeitas, mas é assim que as coisas são, infelizmente não dá pra agradar 100%.

O legal é que esses 2 meses de vivencial, com seus percalços e alegrias, serviram pra dar novo fôlego pra mim, e, pelo que pude sentir até agora, pra turma toda também. As pessoas estão mais bem humoradas, conversando novamente.

Também comecei a fazer pilates aqui perto de casa, espero conseguir continuar uma atividade física mesmo com o ritmo de aulas e provas que está por vir.

Que bom, eu estou feliz!
Com pique outra vez, com energia e disposição pra encarar o que ainda tem por vir.
Estou feliz porque estou tranqüila e sinto que retomei as rédeas da minha vida.

Agora uma foto da visitinha que eu recebi no final de semana:



Horse with no name - America
"You see I've been through the desert on a horse with no name
It felt good to be out of the rain
In the desert you can remember your name
'Cause there ain't no one for to give you no pain"

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

É Natal!


Na casa do vizinho...

Home, sweet home!

De volta à casa!
Ô, coisa bem boa estar em casa.
O hotel em Macaé era tudo de bom, tinha uma cama que dava pra dormir atravessado, de tão grande, uma piscina ótima, café da manhã...

Mas nada como a casa da gente.
Mesmo empoeiradinha depois de dois meses desabitada, é muito bom estar aqui!

Bom, segunda recomeça aquela vida boooa de estudante de novo.
E com requintes de crueldade: já na segunda tem que escolher que caminho seguir (a turma será dividida em duas: uma com ênfase em Exploração e Produção - vulgo Plataformas - e outra com ênfase em Abastecimento - vulgo Refinarias). Eu já quase sei que quero ir pra Abastecimento, mas não vou negar que nesse mês em Macaé eu balancei muuuuito...
O legal é que, escolhendo abastecimento, vem de brinde no pacote aulas de destilação já na quarta-feira!
É brabeira desde o começo!

Ebaaa! Mal posso esperar (leia com ironia!)

sábado, 15 de novembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona

Difícil não ser piegas com esta frase, mas, meus caros, o que tenho a dizer é que depois da tempestade, vem a bonança!

Eu cheguei ontem de Macaé (ainda não voltei definitivamente, isto será só quarta que vem) pensando em mil coisas pra escrever aqui no blog sobre o quanto é podre aquela rodoviária de Macaé, na concentração inacreditável de gente feia que existe por lá, em como as pessoas não estão nem aí umas pras outras e blá blá blá.
Mas, pra que enfeiar um feriado tão lindo quanto este?

Vamos então ao que interessa!

Meus amigos, vocês não imaginam qual foi o tamanho da minha alegria, e, porque não, emoção, hoje pela manhã ao dar meu primeiro passeio de bicicleta depois de todo o episódio do ligamento rompido do tornozelo! Ah, sentir de novo a brisa do mar no meu rosto, o sol queimando a minha pele, o gostinho de ir até Ipanema, voltar, pedalar, pedalar, pedalar!!
Pode parecer bobagem, mas isso pra mim é uma conquista enorme. Todo mundo me dizia que este tipo de lesão levava coisa de 6 a 8 meses pra curar. E, vejam só, eu e todo meu sedentarismo andando de bicicleta 2 meses e meio depois do acontecido! Claro que inchou um pouquinho e tal, mas nada que me impeça de ficar muito, muito feliz por isso!

Depois fiz algo que não fazia, deixa eu pensar... desde abril!
Fui à praia!
Sim, parece que eu sou uma louca, morando dentro da praia, dizer uma coisa dessas! Mas eu nunca sentia vontade, nunca dava tempo, eu me sentia muito gorda pra entrar num biquini com dignidade...
Mas hoje eu larguei um "foda-se" e fui ser feliz reluzindo meu bronzeado de palmito em Copacabana!

Pra fechar mais do que bem esse dia incrível, fui ao cinema assistir o novo filme do Woody Allen: Vicky Cristina Barcelona. Simplesmente sensacional!



Uma história muito sensual, envolvente. Uma trilha sonora bem Woody Allen. Risadas em momentos bem inusitados.

Recomendo altamente. Até porque conseguiram transformar o Javier Bardem disso:

Nisso:

E nisso:

E nisso!

Bah, quando assisti Onde os Fracos Não Têm Vez, peloamordedeus! Fiquei nauseada com aquela figura pavorosa que o Javier Bardem interpretou!! Mas agora, ah, agora a história e outra. Ele, assim como todo o filme, está irresistível! Ah, e sem contar que a Penélope Cruz está ótima fazendo uma doida varrida. E, Scarlett, sempre ela, nem precisa de comentários!


Ah, se todos os dias fossem tão maravilhosos como este, o mundo seria perfeito.
Mas já deu pra recarregar as baterias. E amanhã, lá vou eu pra Macaé again...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

I lost it...


Pois é, meus amigos, nem só de boas notícias vive o mundo.
E é com uma sensação de frustração, tristeza, e de total impotência que eu conto pra vocês que não embarquei.

Enfim, deu tudo errado...
Vou tentar não me estender demais no causo.

Começou no sábado. Lá estava eu bem bela e faceira no lindo dia de sol que fazia no Rio de Janeiro, fazendo compras de Natal no shopping, quando começou aquela dorzinha de cabeça. Mas não era uma qualquer, era aquela que eu bem conheço e que me acompanha desde os doze anos. Corri pra casa pra tomar meu remédio, que só funciona se for tomado bem no comecinho da crise.
Só que mesmo assim, foi tarde demais.
Um pouco mais tarde comecei a passar mal em casa, e fui pro hospital. Lá, fui medicada e saí bem.

Domingo de manhã. Acordei, e o inferno veio outra vez: dor de cabeça que não me deixava raciocinar, muita náusea, vômito, enfim, tudo de novo. Lá fui eu pro hospital. Remédios. Eu bem de novo.

Pois bem, de tão cansada que estava, dormi.
Dormi, e quando acordei (ainda tinha que voltar pra Macaé no domingo à noite), achei que tinha tido um terrível pesadelo e que ele tinha se materializado. Lá estava eu passando mal, vomitando, dor terrível, tudo outra vez. Sem mais tempo pra hospital, vim pra Macaé "daquele jeito".

Cheguei aqui, nem preciso dizer que passando muito mal, tomei um Dramin e tentei dormir. No meio da noite acordei, everething again, saí do hotel pra ir a um hospital. Adivinha: 3 hospitais e nenhum médico de plantão. Voltei aos prantos pro hotel, prevendo que não melhoraria a tempo do meu vôo pra plataforma, à tarde... Quando voltei, encontrei Joana e Rafael, recém chegados do Rio. Eu, naquele estado deplorável, dei um susto neles!

Eles me acalmaram e eu dormi com a Joana, o que não me impediu de passar mal ainda mais uma vez. De manhã, eu joguei a toalha...
Vi que não era mais tempo de melhorar pra embarcar, e que, se eu embarcasse daquele jeito e passasse mal lá, seria muito, muito pior, porque lá na plataforma não tem médico e teriam que me desembarcar às pressas...

Bem, lá fui eu na minha terceira incursão no hospital... Não comentei, mas a essa altura do campeonato - já era segunda por volta de meio dia - eu estava desde sábado sem comer! E nem beber nada, porque até a água que eu bebia voltava. Foi assustador, tive medo de ficar desidratada, porque já quase morri num episódio parecido aos 7 anos de idade.

Nessa hora, tudo passou pela minha cabeça. Coisas como "vão me demitir porque não embarquei", ou "vão me odiar", ou ainda "ficarei o resto da vida estigmatizada por este episódio".

Bom, hoje, alguns dias depois, me alimentando - mesmo ainda sem apetite - já estou mais calma. Fiquei trabalhando aqui na base em terra. Estou me sentindo útil ajudando meu tutor com um trabalho dele que está atrasado. Estou tentando dar o melhor de mim, pra mostrar que sou uma boa profissional.

Aqui todo mundo foi muito solidário comigo, todos me acalmaram dizendo que ninguém ia me demitir por isso (lembro a vocês que ainda estou em processo seletivo e que o vivencial é parte da avaliação).

Claro que ainda me sinto uma loser, uma fracassada por não ter conseguido ir.
Mas tem coisas que estão além do controle, que acontecem por mais que a cabeça peça "pelo amor de Deus, não!!!!"

Por enquanto é isso, estou toda roxa (minhas veias são muito finas e sempre que tenho que tomar soro ou tirar sangue vira AQUELE hematoma), e não terei mais a folga (nem o adicional no salário) que o embarque proporciona.

Mas, não se pode ter tudo, e tudo o que eu quero agora é ficar bem.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

É essa!

É essa a plataforma que me espera!



Estou ficando ansiosa...

Ah, agora eu descobri uma coisa legal sobre ela: é a mais pesada estrutura sobre o mar no mundo. Me disseram que está no Guinness!! Espero que aguente o peso de mais uma pessoinha lá!
Outra coisa interessante é que hoje estão 700 pessoas lá, e pra acomodar todo esse povo tem uma plataforma flutuante parada do lado só com acomodações, que eles chamam de "Flotel".
O problema é que o Flotel balança (é flutuante), mas a plataforma não (é fixa no fundo do mar).
Espero que tenham reservado um lugarzinho pra eu dormir na plataforma, não sou muito afeita ao balanço do mar...

Mais umas informações, por curiosidade: onde ela está a profundidade é de cerca de 180 - 200 m. Pode parecer muito, mas tem outras que estão instaladas em lâminas d'água de mais de 1000m!!
E ela fica a 150 - 200 km da costa (ninguém soube me dizer ao certo). Isso leva uns 30 minutos de helicóptero, se for direto. Sim, porque também tem helicóptero pinga-pinga, que pode ampliar a viagem pra até 2h nas plataformas mais distantes (que não é o caso da minha, ufa!).
Outra coisa: quando pousa na plataforma, o helicóptero não desliga! Tem que sair/entrar com ele ligado, hélices girando e tudo!

Seja o que Deus quiser!

Vim pro Rio curtir um final de semana antes do embarque, porque se ficasse em Macaé ia pensar só nisso.

Aqui me distraio com outras coisas!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

He got it!



We hope in...


I got it!



Uhuuuuu!

Vou embarcar "só" SETE DIAS!!!



"Anything you want
: you got it!
Anything you need:
you got it!
Anything at all you got it!!"

That's all folks!

OBS: A plataforma que vou embarcar não é nenhuma dessas que aparecem nas fotos. Mas é algo parecido com isso. Vou ver se consigo fotografar lá pra postar aqui depois.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"I'm a young soul in this very strange world"

Por onde começar?

Acho que pelas coisas boas, pra ajudar a suavizar um pouco minha mente...

O caso é que o final de semana foi ótimo. Ótimo não, perfeito!
Ignorando todos os péssimos atendimentos e o lixo de cidade que é Macaé, e aproveitando todo o potencial que o hotel tem, passei um final de semana maravilhoso ao lado do Zeca.


Fez sol, calor.
Vento também, mas a piscina estava tão boa que dava pra deixá-lo passar.


Também fomos no "famoso Durval", o único restaurante que as pessoas da cidade, e de fora, indicam, o que me deixa um tanto quanto preocupada no quesito variedade. Além disso, chegando lá, não é que me deparo com Capão da Canoa?
Sim, todo mundo ali aglomerado naquela única esquina, carros com som a todo volume, aquela "gente bonita"! Tá, em Capão tem bem mais gente bonita que aqui, mas, vale a comparação pra vocês, meus amigos, terem uma idéia do local. Enfim, comemos bem, e fomos logo embora, porque dizem que não é bom dar mole por aqui quando a noite cai. Olha aí nós no famoso Durval:


Também tem umas fotos aqui do quarto que eu não conseguia tirar porque não tinha onde apoiar a câmera, mas que o Zeca conseguiu tirar pra mim!

Esse é o porto, onde também tem a sede da Petrobras de Macaé.

Lá no fundo é uma sonda de perfuração que dá pra ver aqui do hotel.

Pois é, tudo muito bom, tudo muito bem, até que hoje fomos, enfim, conhecer o pessoal aqui de Macaé, começar a entender como é o trabalho de um engenheiro de processamento na parte de exploração e produção de petróleo, essas coisas.
Tudo estaria ótimo não fosse a notícia que recebi no finzinho do dia:

vou embarcar durante 11 longos dias numa plataforma aqui da Bacia de Campos.

Sabe o que isso significa??
- Zero folgas. Quando a pessoa embarca, tem direito a um tempo de folgas proporcional ao embarque. Só que no meu caso, embarco segunda-feira, e só retorno dia 21, que é uma sexta... Na segunda, dia 24, recomeça a vida lá no Rio. Então já viu, folgas só no dia de São Nunca!
- Isso também significa ficar ONZE LONGOS E ISOLADOS dias no meio do oceano.

Buenas, pra não cair em depressão profunda neste exato momento, eu vou pensar no que eu tenho certeza que minha mãe vai me dizer quando eu contar isso aí pra ela: "Minha filha, pensa em quantas pessoas queriam estar no teu lugar, quanta gente queria conhecer esse tipo de coisa e não tem essa oportunidade! Pensa, é uma experiência única na tua vida!"

Pois é, espero que seja única mesmo...

Tem mais: o bom de ir nesse pensamento é que eu posso me surpreender e gostar, o que não seria nada mal.
Vamos torcer pra que dê tudo certo!

Prometo fazer um Diário de Bordo pra depois contar tudo aqui. Sim, porque provavelmente vai acontecer muita coisa bizarra e engraçada, do tipo que só acontece comigo (só o fato de passar 12 horas por dia disfarçada de bonecão do posto já rende bastante risada, não acham?).
Já disseram que não dá pra levar câmera, mas que dá pra pedir emprestado a que eles têm lá, então tentarei registrar fartamente estes dias, já que tempo não será problema!

Bom, acho que ainda vou postar aqui antes de embarcar, mas se não, torçam por mim!
Torçam pro helicóptero ir e voltar bem direitinho, pra eu não vomitar demais na plataforma, e pra que eu volte inteira desta experiência, que, pelo sim, pelo não, será inesquecível.

New Soul - Yael Naim
"This is a happy end cause'
You don't understand

Everything you have done
Why's everything so wrong

This is a happy end

Come and give me your hand

I'll take your far away.
"

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Macaé: onde Judas teve as botas roubadas

Aproveitando a empolgação, já vou falar de Macaé! O título do post pode parecer pejorativo... É que aqui é uma das cidades mais violentas do estado (mas nunca será a mais violenta porque nada é páreo para o Rio de Janeiro!).

Mas não vou falar disso! Vamos falar de coisas boas! Porque, apesar de a cidade ser, digamos, monótona, o hotel é simplesmente maravilhoso! E a vista daqui também é incrível!

Nesta primeira semana foi tudo muito bom! Fizemos o curso para poder embarcar. Teve primeiros socorros, combate a incêndio - com prática! - e sobrevivência no mar, também com prática!

Bom, imagens explicam melhor as coisas:

A primeira manhã, vista do meu quarto...

Com um dia desses, só caindo na piscina...


... porque não dá pra encarar a farofada lá embaixo!

No final de semana ninguém fica em Macaé, até os patos estão só de passagem!

Olhando esse mar ninguém diz que é sujinho...

Outro amanhecer, num dia desses

Aqui a gente disfarçado de bonecão do posto antes de ir pra prática de combate a incêndio!

Olha o povo do Cenpro!

Essa prática é pra simular fogo num painel elétrico (dessa foto em diante, não me perguntem, porque nem eu sei se apareço!)


Essa outra é de prática com mangueira



A última é de fogo em lugar fechado, tinha que apagar fogo numas madeiras lá dentro, e todos tinham que revezar, entrar lá e ficar apagando.

Olha os meninos da turma (essa hora as meninas já tinham ido pro banho...)

Pena que não tem fotos da prática de sobrevivência no mar... Mas foi muito legal! Primeiro andamos de baleeira (que é uma embarcação toda fechada, pra fugir em caso de emergência), depois de lancha, até uma balsa que tinha uma plataforma de uns 2,5m, de onde pulamos no mar. Depois disso teve uma parte num bote, todos no mar e tinham que conseguir subir no bote! Foi muito engraçado, porque eu fiquei que nem uma baleia encalhada, não conseguia subir e fiquei pendurada algum tempo até alguém conseguir me empurrar pra dentro!

Por hora é isso, estou bem feliz aqui, e agora estou esperando minha visita preferida que vai chegar hoje de noite.

Zero glamour

Buenas, muito aconteceu nestes últimos dias e eu andei bem relapsa com o blog...

Vou começar as atualizações terminando de falar sobre o mês em Santos. Lá passamos os dias na RPBC, refinaria de Cubatão. Bom, falando de uma ótica mais feminina, o que eu tenho a dizer é que NINGUÉM MERECE aqueles uniformes "frentista style"!!! Juro que eu preferi o macacão laranjado de plataforma (que já usamos aqui em Macaé). O macacão, apesar de fazer a gente parecer o "bonecão do posto", é bem mais confortável.

Agora, falando de coisas mais importantes, o que eu posso dizer é que a experiência na refinaria foi incrível! Tanto em termos de conhecimento técnico, quanto de pessoas. As pessoas lá foram o que de mais precioso encontramos. Falamos com gente de todos os setores, e até o guri que cuidava dos EPI's era uma simpatia! Sabe gente que ama o que faz? Foi isso que encontramos lá! Deu pra ver que o pessoal do setor onde ficamos é muito entrosado, e o ambiente é bem leve e animado. Ah, e não posso deixar de falar das "borrachas", as estagiárias que nos acompanharam todos os dias e que acabaram se tornando nossas amigas. Elas não acharam ruim ficar ensinando a gente onde as coisas ficavam, nem dividir o armário, que já era bem pequeno! Também não reclamaram do congestionamento que esse boom de mulheres (eu, Elisa e Joana) causou!

Eu saí de lá com uma impressão excelente, e apesar de chover muito (muito é pouco, lá chove mais que em Manaus!), volto fácil, fácil, se for possível...
E também deu pra curtir muito a minha família, foram 4 finais de semana inteiros, há quanto tempo não tínhamos isso? Anos, certamente.

Umas fotos com roupas civis:

Eu e Elisa fazendo turismo em São Vicente na chuva

E turismo gastronômico também!

Eu e as gurias em foto tirada pelo nosso fotógrafo oficial: Rafael!

Aproveitando que não tem prova segunda pra tomar um ("um" é força de expressão...) chopp com nosso tutor muito gente fina e parceiro Ian

Todo mundo expremido na sacada do quarto do hotel!! (tinha só um ladrilho pra cada um!)

Nossa despedida num restaurante mexicano ótimo!

Nós e as estagiárias da RPBC, que nos deram a maior força durante o mês todo.

O Pai e a Matiko também foram na despedida!

Bom agora umas fotos ZERO GLAMOUR!

A gente na área com chuva (não diiiiiga!)

Toda a trupe com o eng. Daniel. Era difícil pra eles sair com toda essa galera no meio dos equipamentos!

Radioativos indo conhecer a área com Ian.

Olha ali o tanquinho que a gente subiu! É o mais alto da refinaria (mas altura mesmo foi o FCC, quando tiver as fotos de lá eu coloco aqui)

Tava bom, mas acabou... tchau refinaria!! Ou até logo!
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