segunda-feira, 30 de junho de 2008

AP 615

Hoje eu lembrei de fazer algo que eu sempre esquecia...
Lembrei de roubar uma foto que o meu fotógrafo preferido tirou da vista da janela do meu ex-ap lá de Porto.
Essa foto foi a derradeira, tirada quando ele pintava o ap pra entregar pra imobiliária.
Ela me faz lembrar porque eu aguentei aquela vizinhança "amigável" e as infiltrações que invadiam o banheiro e a cozinha (ou pseudo-cozinha) por mais de 3 anos...
E porque eu quase nunca fechava a veneziana.
Era muito bom chegar em casa cansada depois de um dia cheio, ligar o som e apagar as luzes, ficando só com a claridade da cidade, que nunca dorme.

(foto do meu fotógrafo preferido José Drehmer, tirada com sua querida Nikon D40)

Sister sister

Descobri que tenho (mais) uma irmã!

Não é a minha cara?
Os olhos dela brilham... ...ao menos os dela.

PS.: Sim, está acontecendo outra vez... a rotina está me engolindo de novo... e minha vontade de lutar contra isso está tendendo a zero. Há de passar.

Ramble On - Led Zeppelin
"Leaves are falling all around, It's time I was on my way.
Thanks to you, I'm much obliged for such a pleasant stay.
But now it's time for me to go. The autumn moon lights my way.
For now I smell the rain, and with it pain, and it's headed my way.
Ah,
sometimes I grow so tired, but I know I've got one thing I got to do"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

"This is not what I'm like, this is not what I do"

Fuçando em blogs por aí (tenho lido coisas muito bacanas, vou tentar organizar as idéias e colocar ali nos meus favoritos - incluí hoje o Objetos de Desejo, que é ótimo. O brabo disso é que vou clicando nos links e indo de blog em blog e depois nem sei onde foi que li uma coisa legal) li algo, no mínimo, intrigante: "o genoma dos ornitorrincos acaba de ser completamente decifrado".
Pensei, imediatamente: "o que é que eu, aqui no Rio de Janeiro, debaixo das minhas cobertas, tenho a ver com isso?"
Nada
É, nada!
Pelo menos dei risada.

O fato é que ando tristonha ultimamente...
Não tenho um culpado pra isso, já que nenhuma falha - se é que podemos considerar momentos de tristeza como falhas no sistema - ocorre por uma única causa (afinal, não foi pra isso que eu estudei análise de riscos?).
Mas desconfio de algumas coisas... desconfio de muitas coisas, aliás.

Começando nas mais recentes...

Hoje não trabalhei de manhã e tive prova à tarde. Terminei a prova em uma hora, e, como de praxe, ninguém tinha terminado ainda.
(Antes que vocês pensem qualquer coisa, não, eu não tenho uma inteligência superior, não faço parte de nenhum clã alienígena querendo dominar o mundo e não tenho as provas programadas na minha HP. Eu só faço prova rápido, só isso.)
Como ia dizendo, isso eram 14:30. Imagine a felicidade da pessoa de, numa segunda-feira chuvosa, não trabalhar de manhã e estar liberada às 14:30! Um sonho, não?
Pois é... mas como eu ando ansiosa e impaciente, resolvi que não ia esperar ninguém.
Tomei meu rumo e me escondi embaixo das cobertas e na frente do computador, e cá estou desde então. Nesse meio tempo a Aline (que mora comigo) me ligou convidando pra ir num bar aqui pertinho. Nosso diálogo aproximado e resumido:

Aline: Clarissa, vem pra ca, estamos no bar tal.
Eu: Mas vocês tão bebendo, né? E eu não posso...
Aline: Ah, mas eu to tomando suco de laranja!
Eu: é, mas eu não posso beber nem suco de laranja...

E aí chegamos num ponto importante.
Eu e Elisa estávamos divagando hoje no almoço a respeito de como comida e bebida aproximam as pessoas.
Eu estou exatamente na contramão dessa realidade.
Ah, não posso sair pra beber e nem pra comer... e ver os outros fazendo sem poder compartilhar é masoquismo demais pra minha pessoa.
Estou experimentando a máxima do "nunca fiz amigos bebendo leite". E não tem como mesmo...

O caso é que eu fui no médico sábado.
E ele me encheu de exames e de remédios. Tenho inclusive que fazer uma endoscopia, já está marcada pra sexta-feira. Pelo menos a Joana vai comigo, pra eu não me sentir tão mal.
Quando saí do médico no sábado, com aquele monte de exames pra fazer e remédios pra tomar, andei até a praia e pensei "estou sozinha".
Não quero ser injusta com os amigos que tenho por aqui, eu sei que poderia ligar pra vários deles, mas naquela hora, senti um vazio beeeem grande.
Simplesmente por não saber nem por onde começar e como administrar isso tudo.
Sentei ali num quiosque, pedi um coco e liguei pro Zeca. E acabei com meus créditos.
Me situei e comecei a agir, já marquei os outros exames pra sábado de manhã.
Não foi tão difícil, mas o brabo foi pensar que, se eu estivesse em Porto, nada disso seria assim.
Lá eu já tinha as coordenadas e com no máximo dois telefonemas já resolveria tudo.

Eu sei que não é porque eu já estou melhor que eu posso largar de mão o tratamento e tal.
Aliás, isso deve acontecer na maioria das vezes com a maior parte das pessoas.
E eu não gostaria que fosse assim. Mas o fato é que estou me sentindo uma alienada do mundo!
Isso em UMA mísera semana de tratamento... o que o médico me passou agora vai durar PELO MENOS 28 DIAS!!!
Não, e, me diga, existe uma maneira lúcida de passar um domingo inteirinho estudando sem tomar café, nem chimarrão e nem comer chocolate?
Digamos que com chá de maçã a coisa não funciona tão bem...
Sem contar o sono que essa medicação toda tem me dado.
Eu passo o dia todo revezando meus pensamentos entre o que vou comer na próxima refeição (porque não posso fazer refeições volumosas, o que me deixa invariavelmente com fome o dia todo) e no feliz momento em que encontrarei a minha cama no final do dia.

Que tipo de coisa está acontecendo?
Eu me sinto sozinha mas, ao invés de me aproximar das pessoas, eu me afasto mais delas, sempre na tentativa de não amolar ninguém com os meus problemas.
Hoje mesmo a Elisa e a Joana estavam me falando que sim, eu posso me queixar, posso reclamar da vida, que os amigos também estão aí pra isso.
Que se eu não me queixo pra minha mãe, nem pro Zeca, nem pros meus amigos, pra quem então?
Ora, me queixo pra minha "legião" de leitores!
Imaginem, se eu já fiquei EXTREMAMENTE sem graça e já cheguei me desculpando ao pedir pra alguém ir comigo fazer a endoscopia (e eu só pedi porque o médico disse que era importante), como é que eu vou conseguir chegar em alguém - qualquer pessoa que seja - e derramar todas as minhas aflições?
Isso não é ser orgulhosa. Simplesmente não gosto de pedir ajuda.
E não gosto porque acredito que cada um já tem o seu fardo a carregar, uns com problemas maiores, outros com problemas menores, e não me sinto no direito de envolver ninguém na minha bolha.

Toda vez que penso em como tanta coisa está ruim eu lembro que fui eu quem escolheu vir pra cá, ficar longe de todo mundo e encarar esse desafio maluco que é o Cenpro.
E que se fosse fácil não seria um desafio, seria uma coisa pra qualquer um. E aí fico resignada, aceito quieta. E me fecho. Algo estranhamente novo pra mim!
Eu, que sempre falei demais, que sempre abri a minha vida no primeiro contato com as pessoas, me fechei. Talvez isso seja até uma atitude madura.

Pode ser...

Mas talvez eu tenha mesmo que extravasar mais, chorar mais, me emputecer mais.
Sair desse inverno que, apesar de não se manifestar lá fora, está congelando muita coisa dentro de mim (inclusive a minha habitual faceirice).
E fazer tudo isso com mais ruído, dar vazão e amplificar tudo isso que está se acumulando lá dentro... ...e que virou numa gastrite!

Enfim, eu teria mais umas duzentas divagações e reclamações e coisas (ir)relevantes a dizer.
Mas acho que este post já está gigante e que já devo ter espantado no mínimo a metade das pessoas que pararam pra ler.
Se você chegou até aqui, amigo, obrigada pela paciência e pelo "ombro virtual".

Sem mais (encheção de saco),


Merry Happy - Kate Nash
"I can be alone
I can watch the sunset on my own"

domingo, 22 de junho de 2008

"o que está acontecendo, o mundo está ao contrário e ninguém reparou?"

Você tem absoluta certeza de que há algo de muito errado acontecendo quando no primeiro dia de inverno faz 32ºC...


PS.: Foto tosca de celular...
Abre parênteses

A foto é tosca de celular porque ando meio receosa de andar com minha câmera por aí...
É que sexta eu saí pra fazer as unhas e me dei conta de que tinha um malandro me cuidando.
Nisso um porteiro me chamou e disse que o cara estava de olho em mim, e que eu ficasse ali na portaria um tempo até o cara ir embora. O porteiro ficou cuidando até que o cara dobrou a esquina pro lado onde eu não ia.
Eu segui meu caminho - com bastante medo.
E me dei conta de como a gente vai relaxando... no início eu chegava em casa e, se precisasse sair de novo, ia com o mínimo possível.
Na sexta-feira eu estava usando cordão e tornozeleira de prata, meu amado Swatch, cartão do banco, dinheiro e celular...
É, não dá pra bobear, afinal de contas, é o Rio de Janeiro...

Fecha parênteses

É isso, boa semana a todos!
Ah, e o sol ali da foto foi que nem alegria de pobre. Já está tudo encaminhado para uma segunda-feira com cara de segunda-feira!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Por que tanto tempo sem escrever?

É, meus amigos, reconheço que deixei o blog às moscas esta semana...
Mas, é claro que eu tenho um bom motivo!

Há uma semana, na quinta, estava eu bem bela e faceira conversando com o Zeca no skype, quando comecei a sentir uma dores bem fortes no estômago. Resolvi ir dormir achando que não era nada...
Dormi umas duas ou três horas e depois fiquei acordada me retorcendo de dor na cama. Na sexta fui trabalhar me arrastando direto pro setor médico. Lá começou uma sucessão de boas notícias: muito, mas muito provavelmente estou com gastrite. A médica me disse pra procurar um gastro (vou amanhã) e já me deu um remédio pra combater a crise... Agora a melhor parte: a DIETA!
Não pode café, nem chocolate (aaaaaaaaaaaaaaa - grito de horror!), nem chimarrão (aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa), nem bebidas com gás, muito menos alcoólicas. Nada de frutas ácidas, nem tomate, nem cebola; passar longe de temperos e condimentos de todo tipo. Frituras? Nem sonhando!

Pois, é... desde então me alimento de leite, pão, alface, arroz e frango grelhado! uhuuuu!
Pura diversão!
E desde que comecei a tomar o remédio estou com tanto, mas tanto sono que não fui dormir nenhum dia depois das 21:30!

Tá boa a minha desculpa??
É, já tava demorando pro meu estilo de vida "baldes de café + cerveja todo final de semana + vida ultra estressante" dar em alguma coisa...

Mas vamos aos fatos decorridos nesse tempo todo.

Primeiro vou falar no aniversário do Nelson, que foi dia 10.
Nós fizemos a maior cara de disfarçados o dia inteiro, como se nem estivéssemos dando bola pro aniversário dele.
À noite chegamos de surpresa na casa dele, com direito a balão e tudo!
E o melhor foi o presente interesseiro que a gente deu: um aparelho de fondue e um conjunto de copos de whisky, devidamente inaugurados já na noite do aniversário!

Fotos, fotos, fotos!
Os tais presentes
As gurias preparando as coisas pro fondue (e eu tirando fotos...)
Os guris preparando o narguile e o fogo pro fondue
Toda a galera!
Hmmmm (da época que eu podia beber cerveja... hehehehe)
Atacando o fondue! E tava muuuuito bom!
Depois deste dia nós resolvemos que temos que explorar mais os dotes culinários do Daniel. Foram dele as excelentes idéias da calabresa (o fondue era de queijo) e também da goiabada. Hmmmm água na boca só de lembrar!


Bom, mudando de saco pra mala, no último final de semana fui pra Porto.
Ahhhhhh, como passei frio! Que delícia!
Reconheço, não sinto nem um pouquinho de falta de acordar cedo e tomar banho naquele frio de rachar! Mas é bom pra curtir uns dias.
Como eu já estava ruim do estômago, tivemos que adaptar os programas e fazer coisas sem tempero - nem álcool - nem café - nem chimarrão.
Mas nos divertimos igual!

Fotos!

Esperando no aeroporto no Rio... e morrendo de medo que a neblina não me deixasse ir pra casa....

Aquisições literárias aeroportuárias

Esperando mais um pouquinho... ainda não li esses aí porque essa semana tive que dormir nas horas vagas!

Já em Porto, usando minhas amadas botas! Ahhhh, que saudade imensa de usar botas!

Almocinho bem leve lá no zero de conduta. Olha o que era esse sol com frio!

Passeio obrigatório no mercado! (esse não é o Zaffari, mas é o Bourbon, que é da mesma rede!)
No escurinho do cinema

Só com muito chá e cobertor pra espantar tanto frio!
Na volta eu estava bem ruinzinha, e pra minha alegria a TAM colocou uma escala em Floripa no meu vôo! Gentil, não? Pra passar o tempo fiquei tirando umas fotos...
Olha que bonito o efeito das TVs!

Pra completar o fato de ter uma escala e aumentar em uma hora o vôo, eles ainda serviram cachorro quente no serviço de bordo! Isso por causa da festa junina... Eu lá, não podendo comer nada e aquele cheirinho insuportavelmente delicioso de molho de cachorro-quente...
Enfim, coisas da vida. Pelo menos passaram um episódio de Simpsons que me manteve entretida enquanto o pessoal comia.
(Me lembre de me entupir de cachorro-quente quando melhorar! E de pão de queijo também!)

Ufa, falei demais!

You give a little love - Paul Williams (música de uma propaganda da Coca-Cola)
"You give a little love
And it all comes back to you
You gonna be remembered
For the things you say and do"

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"espero que o tempo passe, espero que a semana acabe..."

Semana longa
e corrida
e preguiçosa

Há algum tempo que não sentia tanta dificuldade de sair da cama...

E amanhã é dia dos namorados
Apenas uma constatação...
(já que o meu tá láááá longe...)

Mas enfim, sexta estarei em Porto, se a neblina deixar!

Um trechinho do livro que estou lendo:

"- Você é algum tipo de santo?
Aqui dentro, eu dou uma risada. Eu? Santo? Faço uma lista do que sou. Taxista. Vagabundo da redondeza. Modelo de mediocridade. Um desastre sexual. Péssimo jogador de cartas.
Digo minhas palavras finais pra ela:
- Não, não sou santo, Sophie. Só mais um ser humano estúpido.
A gente sorri e eu vou embora. Sinto que ela fica me observando, só que eu não olho pra trás."

Completando a música do título:

N - Nando Reis
" Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo"

domingo, 8 de junho de 2008

"Sou mais feliz que 97,6% da humanidade"

Final de semana terminando...

Mas este, sem dúvida, foi um dos melhores desde que cheguei.
Andei de bicicleta até dizer chega, tomei sol, comi o que deu vontade...
enfim, não me obriguei a nada!

Aliás, no quesito gastronômico, me vejo na obrigação de comentar um achado que fizemos outro dia ao sair pra tomar chopp e que repeti a dose hoje.
Num lugar chamado Bar da Garrafa, aqui em Copa mesmo, tem um creme de palmito que vem no pão italiano que é um atentado de tão bom! E barato! Eu consegui comer só a metade, e custou R$6,00!!! Uma raridade do "bom e barato"! E vem com muuuuuuuuito palmito e muuuuuuuuuuuito queijo! Pra que frio? Dá pra comer no calor mesmo! Recomendo altamente!

Também comprei um livro hoje. "Eu sou o mensageiro", de Markus Zusak.

Entrei na livraria meio sem inspiração, mas queria muito um livro novo, me sinto vazia quando só tenho um livro inédito em casa (agora estou retomando o Thousand Splendid Suns)... Minha gula precisa de pelo menos dois livros por vez!
Achei que seria difícil encontrar algum livro que mexesse comigo como o "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios", do Marçal Aquino. Sem dúvida, este é um do melhores livros que já li. Intenso, devastador. E singelo.
É daqueles que você começa a ler despretensiosamente e, de repente, se vê envolto numa trama instigante, sobre um amor fora de clichês. Sim, é a história de dois amantes, mas o cenário, totalmente hostil, pinta este romance com cores muito vivas.

“Queremos o que não podemos ter, diz o professor Schianberg, o mais obscuro filósofos do amor. É normal, saudável. O que diferencia uma pessoa de outra, ele acrescenta, é o quanto cada um quer o que não pode ter. Nossa ração de poeira das estrelas.”

Eu poderia citar vários trechos, mas prefiro deixá-los curiosos para ler também!
Aliás o título do post é uma frase do livro. Dita assim, parece bobagem, mas entra num contexto tão absurdo que, enfim, só lendo mesmo!
Nem preciso dizer que recomendo FORTEMENTE!
Ah, e MUITO OBRIGADA CRIS, por me dar a chance de me encontrar com essa história fantástica!

Bom, eu disse que não me obriguei a nada, mas corrijo: quase nada.
Estou agora estudando, um tanto sem vontade, mas tem prova amanhã e não dá pra ignorar este FATO!

Vou seguir aqui no meio de bombas, head, NPSH, cavitação, pressão, vazão e por aí...
Aliás, graças ao EXCELENTE curso de equipamentos rotativos que fiz na Copesul (agora extinta Copesul... enfim, isso é outro assunto...) que hoje eu sei alguma coisa desse assunto!
Valeu Natanael!!!

No más, vamos de Inmigrantes:

Turistas - Inmigrantes
"Qué increíble día hoy
Qué pretexto loco me siento
Qué salvaje día hoy
Sobredosis de vacaciones
Días como los de hoy
Se disuelven en la perfección
Horas para destilar
Utopías de la humanidad"

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Agora sim: "having fun"!

Comprei a bicicleta!

O dia estava lindo. A manhã custou a passar.
Eu estava como uma criança na véspera do Natal!
Tão logo almocei, corri pra casa, coloquei uma roupa "esportiva" e lá fui eu, encontrar meu brinquedo novo!!

Logo que saí da loja, pensei "Meu Deus, isso não vai dar certo!"
Fiquei com medo de atropelar alguma velhinha - elas são muitas em Copacabana!
Mas foi só chegar na ciclovia e andar umas duas quadras pra perceber que andar de bicicleta...
...é como andar de bicicleta!
Como não podia deixar de ser, devido à empolgação, fiz uns 13 km.
Fui de Copacabana ao Leblon, voltei e fui até o Leme.
Claro, devagar, parando pra tomar uma água de coco aqui e ali.

Mas me senti muito bem, apesar do joelho ter se queixado um pouco (sair do sedentarismo absoluto e pedalar tudo isso não podia dar em outra coisa).

Agora estou podre de cansada (com o CORPO cansado e a MENTE renovada, como há muito não acontecia).
E amanhã provavelmente não conseguirei caminhar, mas, azar, estou FELIZ!

Aí vai uma foto tosca de celular do meu primeiro passeio. Essa foto é em Ipanema, quase no Leblon. (Eu saí tão apressada de casa pra comprar a bicicleta que esqueci de levar a câmera...).


quinta-feira, 5 de junho de 2008

"...un delirio tan real, parecido a la libertad..."

Hoje uma quinta-feira, vários assuntos...

Tomei decisões muito importantes pra minha vida nesta semana!

A primeira: vou fazer um esporte!
Já adotei, de antemão várias premissas:
1) tem que ser algo que me faça feliz
2) não pode ser uma obrigação
3) será ao ar livre - nada de academia ou confinamento! Poxa vida, morar em Copacabana e não aproveitar o cenário é uma heresia!
4) como sou uma pessoa com um joelho problemático, tem que começar devagar, pra ir tomando gosto aos poucos

Assim, amanhã, se tudo der certo, vou aproveitar a tarde livre - e, segundo a previsão do tempo, ensolarada e quente - para comprar uma bicicleta!!
E já sair andando pela ciclovia, ir até Ipanema pedalando!

Eu analisei algumas possibilidades e minha primeira idéia era comprar um roller, até porque a Elisa e o Nelson já têm, e eu teria parceria. Mas como eu já não patino há uns quase dez anos, achei que não seria muito prudente...
E, como dizem por aí, andar de bicicleta é uma coisa que a gente aprende pra vida toda...
Vamos ver no que dá!
Vou aproveitar a empolgação, e o clima de verão o ano todo, pra ver se pego gosto pela coisa (e se meu joelho agüenta).

Tomei essa decisão depois desse mês conturbado que passei... eu percebi que estava me "auto-destruindo": passava todas as noites e finais de semana estudando, comendo porcarias e virando cada vez mais uma pessoa introspectiva. Comecei a engordar e a me sentir mal; passei a ser uma companhia desagradável, sem graça. Os dias estavam perdendo a graça e se tornando um exatamente igual ao outro. A ansiedade me consumia de tal forma que eu mascava chicletes sem parar, a ponto do meu maxilar doer no final do dia.

Claro que essa introspecção não foi à toa, e serviu pra eu olhar pra dentro e prestar mais atenção nas minhas necessidades.
E aqui entra a segunda decisão:

Não vou deixar que a rotina me engula novamente, como aconteceu no mês passado...
Decidi que a partir de agora sempre é hora de ter algum momento prazeroso, seja tomando um expresso entre uma aula e outra com o pessoal, seja dando um pulinho rápido na praia pra ver a vida passar...
Tomando um choppinho no final da tarde, indo ao cinema pra ver um filme bobo pra dar risada.

Enfim, e resolvi começar HOJE.

Cheguei mais cedo do trabalho e lá fui eu dar uma volta pela praia, olhar umas bicicletas e tirar umas fotos aleatórias.
Tirar fotos sem motivo tem se tornado um hobby.
Me ajuda a prestar mais atenção em coisas "pequenas" e esperar menos por grandes coisas pra me sentir feliz.

Vamos à seção de fotos de hoje!

Esta é na esquina de casa, o túnel da Tonelero. Essa hora as pessoas estão muito apressadas. Não eram nem 6 da tarde e já estava quase escuro. Isto eu ainda estranho um pouco, aqui escurece muito cedo.
Minha esquina preferida: Santa Clara com Nossa Senhora de Copacabana. Aqui tem as lojas mais legais do bairro.

Sujando os pés de areia (na verdade, os tênis, mas tá valendo!)

Sentei pra tomar uma H2OH (só tinha Aquarius...) numa Champanheria na orla (sim, em Copacabana tem esse tipo de coisa na beira da praia!) onde pude tirar fotos mais sossegada.

Esse lado é o Quiosque da Brahma, do qual tenho virado assídua, onde tem Brahma Black, meu preferido

A orla

Esta que vos fala!


Minha Aquarius bem gelada!

Algumas coisas bacanas à minha vista


Essa última tirei no meu quarto pra que vocês conheçam o nível de privacidade que tenho aqui!
Eu sei, eu sei, puro relaxamento meu que não coloco uma cortina.
Mas eu não gosto de cortinas, elas me dão alergia, e roubam a claridade do meu dia.
Em tempo, eu ADORO acordar com a luz do dia, e, não, não sou louca (todo mundo pergunta isso quando eu faço essa confissão).

Mudando de assunto, hoje descobri um leitor muito mais do que especial: meu pai!
Aconteceu uma transmissão de pensamentos... eu estava no caminho de casa e pensei: "quando chegar vou ligar pro pai".
Adivinha?
Coloquei os pés dentro de casa e meu celular estava tocando; era ele!

Fiquei lisonjeada de saber deste fã ilustre.

Lembrei que puxei dele o gosto pela leitura e pela escrita.
Eu, assim como ele, devoro livros.
Desde criança eu fui instigada por aquelas prateleiras lotadas que temos em casa.
Meu pai era assinante do extinto "Círculo do Livro"!
E era só minha mãe dizer que algum livro era inadequado para a minha idade que eu dava algum jeito de ler, nem que fosse escondida embaixo da cama, com uma lanterna.
Foi assim que li "Brasil, nunca mais" e também comecei a ler uma série de livros sobre o nazismo. Ambos foram muito marcantes na minha adolescência.
Meu pai me ofereceu Agatha Christie, Luís Fernando Veríssimo, Chico Anísio, Milan Kundera - uma infinidade de autores - na medida da minha vontade de ler, que sempre foi imensa.
Ele sempre me diz que este é um artigo na qual não economiza, e eu sigo isto na minha vida também.

Foi por causa dele que, até o segundo ano do ensino médio, tive certeza de que seria jornalista.
Virei engenheira, é verdade.
Mas nunca, em tempo algum, perdi o gosto pelos livros.
É difícil lembrar de uma época da minha vida em que eu tenha parado de ler.
Nem agora, nesta fase tão ocupada com estudos, eu larguei este vício.
Seja no metrô, nos minutos antes de dormir (mais uma vantagem de ter largado de mão a televisão), no banheiro, entre uma aula e outra.
Me sinto mal quando não tenho nada à mão para ler. O mais normal é ler dois livros ao mesmo tempo. (Tudo bem, isto às vezes gera alguma confusão de histórias...)

Se escrevo neste blog hoje, e com tanto gosto, com certeza é por causa desta herança que ganhei durante a vida toda.

Valeu, pai, por ter despertado isso em mim.
Uma frase totalmente "Mastercard", mas a verdade é que isso não tem preço!

E agora estou toda boba de saber desse meu fã!
Aí vai um registro da nossa cumplicidade:
E nesse clima, vamos de Drexler again:

Todo se Transforma - Jorge Drexler
"Cada uno da lo que recibe

Y luego recibe lo que da,

Nada es más simple,
No hay otra norma:
Nada se pierde, Todo se transforma."

segunda-feira, 2 de junho de 2008

"Creo que he visto una luz al otro lado del río"

Passando rapidamente....

Pra dizer que finais de semana usufruídos são totalmente necessários!
E amanhã tem prova, "vamo que vamo"!!

No más, friozinho, vou pra baixo das cobertas com meu companheiro constante aqui no Rio: um LIVRO (pensaram que era o quê? por enquanto meu outro companheiro constante tá láááá no Sul! E tome saudade!).

O livro da vez: "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" - Marçal Aquino
Ganhei da Cris e do Rafa de formatura.
To adorando, não consigo largar; só largo quando me dou conta que o galo aqui canta às 5:50, e que menos de 5h de sono me tornam um zumbi no dia seguinte...

Por falar em Cris, tá lá minha foto!
Valeu Cris!

Hoje vamos de Drexler:

Guitarra y Vos - Jorge Drexler
"Hay manos capaces de fabricar herramientas
Con las que se hacen máquinas para hacer ordenadores
Que a su vez diseñan máquinas que hacen herramientas
Para que las use la mano."

domingo, 1 de junho de 2008

Um final de semana para os pequenos prazeres

Como eu havia dito no último post, as coisas estão voltando ao seu ritmo normal depois do furacão chamado Balanço de Massa e Energia (normalmente dá-se nome feminino a este tipo de manifestação da natureza, mas neste caso é digna a abertura de uma exceção, só para confirmar a regra).

Seguindo nesta linha, começou um final de semana com tudo para ser totalmente chato e tedioso:
uma prova complicada na terça e previsão de chuva e queda nas temperaturas.
Pra começar bem, voltei pra casa na sexta à tarde no meio de um temporal daqueles em que não vale nem a pena abrir o guarda-chuva, é pura perda de tempo.

O mau humor já poderia começar neste momento, mas para contrariar qualquer previsão pessismista parei na ínfima cobertura de uma barraquinha de churros e ali fiquei comendo, bem tranqüila, enquanto todo mundo passava correndo, fugindo da tormenta.
Pra completar passei no mercadinho e peguei pipoca e bolo de chocolate, fui pra casa, encharcada, tomar um banho quente, comer e dormir um pouco (tá, não foi um pouco, dormi até sábado!).

Já no sábado, acordei e fui fazer as unhas! Bem coisa de dondoca mesmo!
É bom ser dondoca às vezes. E eu já estava com saudades de fazer as unhas; minha manicure, coitada, ficou umas duas semanas em casa, com dengue (é, isso também é o Rio de Janeiro...).
Depois, para fechar com chave de ouro a peruagem, fui às compras, aqui em copacabana mesmo, pois aqui tem lojas ótimas! Almocei com os guris; comemos churasco, e então só me restou dormir longamente durante a tarde.

Hoje acordei com o barulho de chuva, o que, inicialmente, acabou com os meus planos de caminhar na praia antes de começar a estudar...
Nisso lembrei que a Cris tinha perguntado se eu não queria fazer uma participação no Uma Imagem por Dia, e lembrei também que eu esperei até o final de semana para fazer a foto para mandar, esperando que fizesse um lindo dia de sol. Meio sem opção, acabei tirando fotos do que achei que seria o meu dia, e mandei pra ela estas fotos aí embaixo...

A vista da minha janela

Eu e meu vício que nunca quero perder

Porém, eu que sou uma pessoa normalmente inquieta, não pude me conformar em ficar em casa enfurnada mais um dia, sendo que não via a praia há algumas semanas...
Pensei "mas vou passear justo hoje, com toda essa chuva?" - eu detesto me molhar na chuva. "why not?"

E lá fui eu, com uma câmera e um guarda-chuva na mão, disposta a fotografar tudo o que faz parte do meu mundo aqui no Rio, e o que esta cidade pode oferecer num dia chuvoso.

Comecei fotografando meu elevador, que tem uma porta pantográfica (eu não sabia que o nome era esse, só descobri quando li a plaquinha de "cuidado, porta pantográfica". Eu acho isso totalmente fora dos padrões de segurança... então, como deve ser uma coisa em vias de extinção, vale o registro!)

Depois passei por um boteco que todas as vezes tenho vontade de entrar... só que todas as vezes que sai de casa pensando "vou lá" estava lotado... um dia eu consigo!
Eu adoro o nome dele, simples e original.


Caminhei até a praia, onde me deparei com um adorável cenário de praia limpa e vazia... ah, poderia ser assim mais vezes. Menos turistas, menos ambulantes, menos pivetes. Quanto prazer em andar por uma Copacabana livre e tranquila...




Aproveitei que o domingo é o único dia que dá pra parar no meio da Avenida Atlântica e tirar uma foto. E com chuva reduz a praticamente zero o perigo de ser atropelada por crianças-bicicletas-skatistas-patinadores-etc ao fazer isso!


Olha eu aí com meu guarda-chuva!


Quase meio-dia, a fome batendo, resolvi parar num quiosque da beira da praia e comer.
Parei numa creperia onde sempre tive vontade de comer. E fui estranhamente BEM atendida! (será que foi porque eu era a ÚNICA cliente?)


Saí de lá e não resisti ao ver uma loja da Kopenhagen aberta! Tive que parar pra tomar um expresso... Bom, vou deixar a imagem falar se estava bom...


Não é à toa que está aí há tanto tempo e faz tanto sucesso!


Terminando o passeio, fui no "pseudo-Zaffari" (leia-se Pão de Açúcar) que é um lugar que gosto muito de ir, sempre com coisinhas-gostosas-diferentes.

Primeiro uma das minhas prateleiras favoritas, onde estão os produtos desta marca Casíno que são caros, mas deliciosos!
Meu carrinho, com bisnaguinhas de jacaré e só coisas muito nutritivas - aham! (no dia que eu precisar alimentar uma família eu começo a me preocupar com as coisas que eu compro no supermercado... vou aproveitar enquanto posso comprar muitas porcarias!)
Andando pelo mercado com meu carrinho...
Ahhhhh café! Eu amo esta seção!
E aqui tem muitos muitos muitos tipos!

Esta seção é meio bizarra, mas faz um colorido bonito...

Enfim, voltando pra casa, resolvi fotografar a pracinha do Bairro Peixoto (dentro de Copacabana é um nicho de tranqüilidade e de pessoas passeando com crianças e cachorros, estes últimos responsáveis por aumentar consideravelmente a probabilidade de se pisar em cocôs na região) que é um lugar por onde passo todos os dias indo e vindo do trabalho. Tem até chafariz!

Agora sim, depois de conseguir sentir que este foi um dia muito bem desfrutado, acho que posso tentar estudar um pouco sem me sentir a única injustiçada que tem que ficar em casa estudando!
That's all folks!

Ah, a trilha sonora.
Lembram que no post que eu me queixava da "não" vida que eu estava levando, e coloquei um trecho de uma música do Nando Reis sobre coisas que não aconteceram?
Pois bem, a mesma música tem outro trecho, sobre coisas que ACONTECEM.
Paradoxal, e, assim como tudo na vida, depende muito do ponto de vista:

Eles Sabem - Nando Reis
"
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado

Eles sabem porqu'eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo:

- eu te convido."
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