quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Meant to be!

É muita coisa em pouco tempo....

Pois é, depois de um longo silêncio, hoje me permito escrever. E por que "permito"? Porque já tem um tempo que eu não consigo admitir gastar meu escasso tempo e minha ainda mais escassa energia com nada que não seja: trabalho, mestrado e finais de semana de ponte aérea. Tá difícil parar. Fim de ano já costuma ser uma correria danada. E este não está diferente. Está bem mais intenso, aliás. Mas hoje uma conversa já no fim do dia me deixou muito feliz, e me inspirou.

O que me traz aqui hoje, pra escrever nesse blog que já é um antigo companheiro, é a coisa mais clichê que existe nesse mundo, em dezembro: retrospectiva. Pois que atire a primeira pedra quem não chega nessa época fazendo um balanço de todos os acontecimentos do último ano. Então essa é a minha (e o blog é meu, eu escrevo o que quiser nele). Sou previsível? Foda-se!

tempo de olhar pra trás...








E eu começo dizendo, que, olha, há um ano eu tava na merda. Merda em negrito e sublinhado. Porque não era pouca merda. A minha vida foi desmoronando de tal maneira na segunda metade de 2011 que não teve um setor que não foi afetado. Eu havia me afastado da minha família, dos meus amigos mais próximos, de todo mundo que importava. Estava extremamente infeliz e insatisfeita no trabalho, tinha acabado de perder uma promoção e não enxergava perspectivas de crescimento ou de mudança. Estava chutando o balde. Tomei um pé na bunda (que, apesar de ter sido de uma maneira muito elegante, educada e cheia de consideração, não deixou de ser um pé na bunda) e estava me sentindo sozinha como nunca antes. E eu só comecei a perceber toda a magnitude da minha situação quando um problema de saúde na família (que hoje já está resolvido) me deu um chacoalhão tão, mas tão grande, que eu caí em mim de uma vez só. E o tombo foi feio. Foi doloroso. Acordei e estava vivendo no meio de um pesadelo. Mas, como de costume, não deixei a peteca cair. O que me movia era a única coisa de bom que tinha restado naquela confusão toda: meu mestrado. Eu tinha uma gana infinita de estudar, aprender, tirar boas notas. E isto me sustentou durante aquele último mês de 2011, até que eu pude ir pro RS, chorar no colo da minha família. E eu chorei muito na virada do ano. Acho que foi o reveillon mais triste que já passei. Tinha um vazio enorme dentro de mim, e eu não sabia nem por onde começar a preenche-lo.

Veio 2012. Poucas expectativas. E aí que é bom: quando você não espera nada da vida, é que ela mais te surpreende, porque qualquer coisa que acontece já é muito. Mas vocês acham que já vamos pro final feliz? Nã, nã, nã. Pastei muito em 2012 antes de chegar neste 5 de dezembro. Eu achei que a vida estava me recompensando quando tive um convite no trabalho. A mudança de área era tudo o que eu queria. E eu agarrei aquela oportunidade com toda minha força. Foi a minha tábua de salvação.

Só que eu tive que abrir mão de muita coisa em 2012. Tive que romper muitas coisas em 2012. Primeiro foi o fim de uma relação de dez anos. Sem brigas, sem ressentimentos, nem arrependimentos. Mas nem por isso foi fácil. Depois foi o fim trágico e abrupto de uma relação de pouco mais de 4 meses (mas que hoje não vou aprofundar isso aqui, porque a morte da minha cã ainda não é uma coisa tranquila pra mim e hoje não é dia de tristeza). Na semana seguinte roubaram minha bolsa, depois caí de cama com suspeita de pneumonia. Perdi um tio muito querido, que era meu ídolo da infância. Tive que lidar com muita burocracia sozinha. Gastei muito dinheiro pra consertar tudo que tinha que ser consertado. Era porrada de todo lado. Dessas coisas que, quando acontecem, não conseguimos entender. Por quê? Só o que eu conseguia pensar era "por quê? por que eu? por que comigo?". Tem algumas coisas que realmente não são feitas para serem entendidas, e, muitas vezes (mais até do que gostaríamos), o tempo do universo não é o nosso tempo. "Quero hoje, quero agora, quero que tudo se resolva". Mas não é assim que funciona. Hoje eu lembro daqueles dias horríveis em que eu chegava no trabalho mas não conseguia ir pra minha sala. Ligava pros meus pais chorando e pedia ajuda. Achava que não ia dar conta. Penso no dia do meu aniversário, quando caiu uma tempestade. Era tempestade lá fora e aqui dentro. Eu achei que não ia mais ter sol pra mim por muito tempo. Foi difícil não deixar a peteca cair. Foi bem difícil.

Mas apesar da solidão que eu senti muitas noites em casa, fui descobrindo que não estava sozinha de verdade. Eu pedi perdão às pessoas que tinha magoado e, pra minha sorte, elas me aceitaram de volta. Não posso negar que muitos braços se estenderam quando eu estava caída.

Devagarinho fui retomando o gosto pelo mundo. Me abri pra vida e, de uns tempos pra cá, tenho recebido o quinhão de coisas boas que o universo estava me devendo.

Tenho vivido momentos excelentes no trabalho. Adoro o que eu faço, estou aprendendo numa velocidade que não julgava possível, estou aplicando o que aprendi no mestrado. E quando você faz seu trabalho com afinco, quando você acredita naquilo que faz, o reconhecimento vem. Também fiz as pazes com minha dissertação (que eu cheguei a cogitar em largar), e agora estou conseguindo ter disciplina pra trabalhar nela.

Devo estar esquecendo de alguma coisa, porque se tem algo que não faltou pra mim em 2012 foi emoção! Minha vida passou por uma dureza tão grande que ganhei do pessoal do trabalho um patuá pra espantar as energias ruins. Por fim, acho que funcionou. No final de 2011, o sentimento que me inundava era a solidão. Agora, depois de tudo o que eu passei este ano, o que eu sinto é uma imensa gratidão. Agora já posso olhar pra trás e dizer que entendo um pouco do que me aconteceu.

E, apesar de correr o risco de ser injusta com alguém, e de saber que muitas das pessoas não lerão este texto, quero agradecer nominalmente algumas pessoas que fizeram o meu ano: Claudete, Faustino, Rosana, Claudio, Matiko, Mariana, Livia, Cristina, Joanna, Fernanda, Kely, Márcia, Julia, Frias, André, Rafael, Bianca, Marco Antônio, Dany, Samantha.

Obrigada!

Pra acabar, eu acho que nenhuma frase resume melhor 2012 do que "meant to be!" (ou, se preferirem: "era pra ser!").


"É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente"

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Coisas boas acontecem para pessoas boas

"I'm a good man with a good heart
Had a tough time, got a rough start
And I finally learned to let it go
Now I'm right here, and I'm right now
And I'm open, knowing somehow
That my shadow days are over
My shadow days are over now"


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Dia de fúria


Hoje não.

Eu tenho plena consciência de que hoje eu posso estar sofrendo agudamente da ação dos meus hormônios sobre meu humor e minha percepção (vejam, poderia ser pior: eu poderia estar grávida), mas hoje, sim, justamente hoje, decretei que não dá mais.

Se isso me alivia? Não, não me alivia, porque os problemas todos continuarão lá, amanhã – ou hoje ainda, não me deixando dormir ou perturbando meu sono – esperando para serem resolvidos. Acontece que agora eu e meus hormônios destemperados atingimos um limiar. O limiar do “não aguento mais”, do “fundo do poço”, do “saco cheio”.

Sim, problemas existem, todo mundo enfrenta e dizem que não existe felicidade, apenas momentos felizes, e bla bla bla, mas eu acho que deveria haver algum tipo de limite praquilo que a pessoa pode aturar em um mês, ou em uma semana. Uma espécie de cota de perrengue (não tá na moda cota pra tudo? Acho que vou criar minha própria marcha em prol dessas cotas. All in). Várias pessoas me disseram que ninguém recebe um fardo maior do que consegue carregar. Sabe o que eu tenho a dizer a essas pessoas?

BULLSHIT!

Desde quando existe comunismo que funcione? Vai funcionar na divisão de problemas que eu sou capaz de resolver ao mesmo tempo? E quem é capaz de saber se eu tenho musculatura pra absorver tudo isso e mais um pouco? Então se cada um sabe da sua vida, e da minha sei eu, e eu estou falando algo muito, muito sério: CANSEI DESSA MERDA TODA!

Isso sem contar com a cereja do bolo: as pessoas que aparecem (e as que já estavam lá, mas resolvem oportunamente se manifestar nesse momento) com fatos e argumentos e histórias nada razoáveis. Pior aquelas que, além disso tudo, ainda querem me convencer de que não é nada. Não é nada? Então vem aqui, segura minha onda, assume o meu trabalho, escreve minha dissertação do mestrado, paga as minhas contas, tudo isso sem documentos, sem cartões, se recuperando de uma crise de asma, com o pé nas costas, assoviando e chupando cana!!

Em suma:
- preciso levar minha vida adiante, resolver as coisas, porque de mim ninguém tem peninha nem dá desconto;
- eu vou fazer o que tiver que ser feito, o mundo gostando disso ou não;
- se eu não puder, não vou esperar por ninguém;
- se você não vai me ajudar, então faz o favor de não ficar no meu caminho feito um peso de papel.

Quer que eu desenhe? Lá vai: na minha vida, eu preciso muito mais do que gente de boa vontade. Eu preciso de gente com ATITUDE. Senão caímos ad infinitum naquele papo de eu ser um rolo compressor – ou um “trator”, como carinhosamente já fui chamada. Eu não sou nada disso, eu só estou tentando resolver as minhas coisas e cuidar dos meus interesses, porque isso ninguém faz por mim.

Got it?

Ah, e antes que alguém queira ficar ofendidinho, esse desabafo não é indireta pra ninguém específico. Mas se te serviu o chapéu, faça bom uso dele.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vamos terminar bem o dia

Já que hoje estou blogando como se não houvesse amanhã, vai mais uma música linda, dica da querida Carol Neves.




Felicidade
Marcelo Jeneci

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
/Dançar na chuva quando a chuva vem.

Pra espantar a tristeza

Tem só mais três coisas que eu quero falar sobre minha cã:

- pra mim (e pra várias pessoas que também notaram isso) ela veio pra minha vida pra cumprir uma missão. E quando essa missão terminou, ela foi embora, se retirou. É difícil, dentro da nossa cultura, aceitar a morte. Mas nem sempre o nosso tempo é o tempo do universo, e, se ela foi embora agora, é porque tinha que ir. 

- quero agradecer imensamente às pessoas que ajudaram naquele dia tão difícil: o time de futebol que tentou cercar, a menina que pegou a Carminha no asfalto, o guri que nos deu a garrafa d'água, o taxista que não hesitou em nos levar pra clínica, a toda equipe de enfermeiros e veterinários que fizeram de tudo pra salvá-la, a enfermeira que cuidou do Régis (que ficou todo arrebentado) no hospital, a Mari que prontamente providenciou a doação das coisinhas da Carminha pra ajudar outro cãozinho de rua e a todos os amigos que se solidarizaram com este momento difícil.

- escutei alguns comentários do tipo "tudo isso por causa de um cachorro?". Sobre isso, só uma constatação: não confio em quem não gosta de bicho.

A vida anda sendo um tanto dura comigo ultimamente. Mas é claro que existem compensações. É claro que, como eu aprendi na yoga, "isso também passa". Então vou deixar aqui uma musiquinha bonita, pra espantar a tristeza.




Pra Sonhar (Marcelo Jeneci ) 

Quando te vi passar fiquei paralisado 
Tremi até o chão como um terremoto no Japão 
Um vento, um tufão 
Uma batedeira sem botão 
Foi assim viu 
Me vi na sua mão 

Perdi a hora de voltar para o trabalho 
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei 
Mil coisas eu deixei 
Só pra te falar 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra sonhar 
Pra sonhar 

O que era sonho se tornou realidade 
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem, 
Nossa Jerusalém, 
Nosso mundo, nosso carrossel 
Vai e vem vai 
E não para nunca mais 

De tanto não parar a gente chegou lá 
Do outro lado da montanha onde tudo começou 
Quando sua voz falou: 
Pra onde você quiser eu vou 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 

Domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 
Pra contar

Só que você foi embora cedo demais...

Há dias eu venho pensando em escrever aqui no blog, mas andava me faltando coragem. Eu sabia que no dia em que resolvesse escrever aqui seria impossível conter as lágrimas (e eu estava certa). Só que a vida tem dessas coisas (a minha tem várias dessas coisas) e de repente o corpo entra em pane e te obriga a parar. E te obriga a pensar em tudo. Te obriga a encarar. Então aqui estou eu.

Não faz nem duas semanas, está tudo ainda muito recente e doloroso ainda. Acredito que a maioria das pessoas que me conhecem sabem do que eu estou falando. Há poucos dias eu perdi um serzinho muito importante na minha vida, minha cã, a Carminha.

Foi trágico, foi repentino, foi desesperador, mas eu não quero falar aqui de como tudo aconteceu, até porque não é com essa imagem triste que eu vou lembrar do meu anjinho canino. Prefiro falar da nossa história e de tudo que eu senti e pude viver com ela nos poucos meses que ficamos juntas. E do que eu gostaria de "dizer" pra ela agora, porque, maluquice da minha cabeça, ou não, eu sinto ela aqui comigo ainda. Seria algo mais ou menos assim:


"Tudo começou aquele dia na Suipa, quando, no meio de um monte de cães saltadores, latidores, e pedindo desesperadamente "me adote", você apareceu de relance e se escondeu debaixo da bancada. Ali eu tive certeza: 'é ela!'. Você era a cãzinha mais tímida daquele canil, e seu olhar assustado só me deixava com mais vontade de te pegar no colo e te levar pra casa. Você já veio batizada, e, todo mundo abria um grande sorriso pro seu nome incomum 'Carminha'. Mas você tinha cara de Carminha e assim ficou.
Chegamos em casa, te dei um banho frio e você logo escolheu seu lugarzinho debaixo do sofá. Logo no primeiro dia sozinha você já fez sua primeira (e única) grande bagunça. Mas como ficar triste com você, tadinha, trancada numa cozinha o dia inteiro?
Foi aí que você mudou pra sacada e ficou muito mais tranquila e feliz, com sua nova casinha que foi seu porto seguro sempre.
E, olha Carminha, você era uma cãzinha difícil! Desconfiada... Foram 3 semanas até você confiar em mim, abanar seu rabão (que era quase maior que você!) e começar a me seguir pela casa. Mas depois disso, você virou minha "cãopanheirinha", ao ponto de, até hoje, eu sentir você se enroscando nas minhas pernas pela casa.
E o quanto você é querida por todo mundo? Não havia uma pessoa que não se encantasse com sua carinha de cão sem dono, aquele olharzinho de baixo com as orelhinhas pra trás. Todo mundo que conheceu e conviveu com você se apaixonou pelo seu temperamento assustado, que depois de um tempo virava denguinho.
Aliás, seu denguinho rende um capítulo a parte! Meu Deus, que cã mais dengosa, você era. Vinha toda rebolativa de manhã cedinho, ainda meio dormindo, e quando eu chegava pertinho, você já se virava pra eu acariciar sua barriguinha rosada. Depois eu ia pro banho, você me esperava deitada na porta do banheiro. E quando eu ia pro quarto (onde você, muito obediente, nunca entrava, só quando era convidada), você ficava ali rebolando e ganindo como quem diz 'Mamãe, você tá demoraaaando!'.
Mas a maior alegria de todas era chegar em casa, e fazer a nossa festinha canina! A gente rolava no chão, corria pelo apartamento, você subia em cima de mim e me lambia o rosto. Isso quando não me dava uma patada que fazia meu óculos voar! Esse era o nosso momento, só meu e seu.
Outra felicidade imensa era levar você pra passear no aterro. Você ficava toda serelepe e faceira, porque lá era o seu quintal. Ah, e quando você ganhou sua toquinha? Eu fiquei morrendo de ciúmes, porque achava que você amava mais sua toca que eu (e me desfazer da sua toquinha foi a parte mais difícil...).
Às vezes eu pensava no quanto você me achava besta por te colocar um sem número de apelidos, todos sem sentido: Bizunga, Bizulunga, Buzunguinha, Rabocóptero, Bizunguitos sabor canino (?), Dengulosa, e por aí vai...
Olha, meu anjinho canino, eu espero que você tenha tido uma vida feliz comigo. Espero ter te dado dignidade e tranqulidade. Porque quando eu te adotei, foi pensando em fazer um bem pra você. Mas o que eu não sabia é que estava fazendo um bem muito maior pra mim. Te ter na minha vida, ainda que por tão pouco tempo, foi uma lição e tanto.
Você dependia inteiramente de mim, e foi a primeira vez em que vivi uma relação assim. E eu sempre quis te dar o melhor de mim, ser uma mãezona, ainda que não te deixasse subir no sofá ou entrar no meu quarto. (Aliás, queria que você soubesse, ainda que seja tarde demais, que, enquanto você estava lá na clínica lutando pra viver, eu prometi que se você não fosse embora eu te deixaria subir no sofá. E entrar no meu quarto. E subir na minha cama. E dormir comigo. Por favor me perdoe, eu sei que eu devia ter feito tudo isso enquanto eu tive a chance)
Minha buzunga, me desculpe se não fui a melhor mãe-de-canino do mundo, se te deixei sozinha em casa enquanto eu trabalhava. Mas eu tenho a certeza de que te dei o maior amor do mundo, mas, muito mais do que isso, eu aprendi o que é o amor puro, aquele que não exige nada em troca. E esse foi você quem me deu.
Muito obrigada por tudo.
Vai em paz."


"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais..."




Fomos felizes. Minha cã e eu.

domingo, 3 de junho de 2012

Sete dias com Marilyn

Eu já era fã da Michelle Williams como atriz e como ícone de estilo, mas depois desse filme, putz.....



Não sei se sou eu, que estou com uma certa predisposição a achar tudo lindo, mas eu amei amei amei o filme. As cores, os olhares, os sorrisos. Enfim, tudo!

Só deixou meu dia ainda mais ensolarado!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

You can't always get what you want

"Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai se acabar

Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta me faz você
Queria ver você lá em casa"

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Devaneios

Quando eu disse que ia me atirar do penhasco
Você disse que estaria lá embaixo pra me segurar.
Eu pulei.
Mas você nao estava preparado pro impacto
E me derrubou no chão.

Se eu morri?
Ainda nao sei.
Depende de você.
Vai me deixar aqui?

Só o tempo vai dizer

sábado, 14 de abril de 2012

Every new beginning comes from some other beginning's end

Depois de sonhar tantos anos,
De fazer tantos planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos desenganos,
Nós nos abandonamos como tantos casais
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também

(...)
Quero que você seja melhor
Hei de ser melhor também

Nós dois
Já tivemos momentos
Mas passou nosso tempo
Não podemos negar
Foi bom
Nós fizemos histórias
Pra ficar na memória
E nos acompanhar
Quero que você viva sem mim
Eu vou conseguir também

(...)
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também
Depois

(Marisa Monte)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sonzinho

Já tem um tempo que eu quero escrever sobre ela (achei até que já tinha escrito). Mas ando viciadinha no som da californiana Sara Bareilles. A dica foi da minha amiga Julia e eu amei todas as músicas do CD Kaleidoscope Heart, as músicas são animadas e sempre tem piano, que eu adoro. Os clipes também são ótimos!

A primeira música a que fui apresentada (pela Julia): Gonna get over you


Depois vieram todas as outras. E o clipe de King of anything também é ótimo!



Enjoy it!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fora da área de cobertura

Há muito tempo que eu não venho neste blog pra falar de coisas boas, de acontecimentos felizes, com aqueles posts deliciosos recheados de fotos. Sem me lamuriar, sem reclamar, só achando tudo lindo e tal. Realmente, o final de 2011 e o início de 2012 não foram fáceis. Mas, com um pouco de paciência, as estrelas se alinharam e eu venho aqui de novo trazer luz e alegria, que é isso que vocês querem ver, não é mesmo?

Pois então, há alguns dias rolou um final de semana totalmente fora da área de cobertura. Em Visconde de Mauá, já ouviram falar? Serra do RJ, divisa com MG. Na verdade Mauá (para os íntimos) é onde o asfalto termina... hehehe Ficamos hospedados em Maromba, que é um vilarejo bem pequeno. E o "agito" (se é que dá pra chamar assim) acontece em Maringá, no meio do caminho entre Mauá e Maromba. Vamos com fotos que fica tudo mais colorido!

Ficamos numa pousada chamada Brilho da Natureza. Suuuuuper gostosa. Ah, claro que não se pode ter tudo e o último quilômetro de estrada (de chão) pra chegar na pousada é SOFRÍVEL! Sério, chegamos lá mais de meia noite, e haja paciência pra passar pelas pedras a 2 km/h. Mas lá foi tudo excelente. Do chalé na beira do rio, com vista totalmente privativa, até o café da manhã caseiro e quentinho, nenhuma reclamação...



No sábado, céu de brigadeiro, e lá fomos nós conhecer a maior atração da região, a cachoeira do escorrega. Dava pra ir a pé da pousada. Olha, eu não tive coragem de descer de bunda. O Zeca foi. Comentário: água gelaaaaaaaaaadaaaaaaaaaaaaa!!!


Segunda parada e, sem dúvida, a coisa mais legal que fizemos por lá: poção de 7 metros!!! Por que o nome?? Porque você pode se atirar de uma pedra que fica a 7 metros do nível da água! Se nós pulamos?? Sim ou com certeza?? Duas vezes cada um!! Muita adrenalina!

Primeiro foi o Zeca


E depois eu!



De lá fomos (tudo a pé) pra cachoeira véu de noiva (todo lugar com cachoeiras tem uma com esse nome, deve ser uma lei, ou sei lá...)


À noite, o legal é ir pra Maringá. Tem várias lojinhas e restaurantes super aconchegantes. Nas duas noites jantamos no restaurante Borbulha, que é todo temático de música, e eles inclusive tem um "museu do LP" lá. Trilha sonora excelente, comida melhor ainda. Na segunda noite, inclusive, o chef veio falar conosco e sugerir os pratos. Muito atencioso. Provamos o prato obrigatório da região: truta!


No dia seguinte pegamos o carro pra ir até a cachoeira do Alcantilado. Mais um trechinho de estrada de chão não muito bom... É uma propriedade particular com 9 cachoeiras. A trilha começa em uns 1200 m de altitude e termina em 1500 m. E são 1,5 km de caminhada. A trilha foi um pouco puxada pra mim (pra eu achar fácil tem que ser trilha for dummies). E 6 das 9 cachoeiras ficam na primeira metade da caminhada. Depois você caminha, caminha, caminha (e a subida é beeeem íngreme) pra achar o tesouro da tal cachoeira do alcantilado. Bem bonito mesmo, fiquei feliz de conseguir subir (e, principalmente, descer, porque meu joelho problemático é do tipo que dói na descida).


Foi tudo delicioso, dias lindos, calor de dia, friozinho à noite. Faria tudo de novo dez vezes (principalmente e poção de 7 metros!). E, pra quem me conhece um pouco, sabe que eu sou muuuuito urbana e não sou muito chegada a comer peixe. Pois é, fui pro meio do mato, comi truta e adorei. As pessoas mudam! (que bom)


domingo, 22 de janeiro de 2012

Nobody's perfect, trust me I've learned it


One And Only



You've been on my mind
I grow fonder every day
Lose myself in time
Just thinking of your face

God only knows why it's taken me so long to let my doubts go
You're the only one that I want
I don't know why I'm scared
I've been here before
Every feeling, every word
I've imagined it all
You'll never know if you never try
To forgive your past and simply be mine

I dare you to let me be your, your one and only
Promise I'm worth it
To hold in your arms
So come on and give me a chance
To prove I am the one who can walk that mile
Until the end starts

If I've been on your mind
You hang on every word I say
Lose yourself in time
At the mention of my name
Will I ever know how it feels to hold you close
And have you tell me whichever road I choose, you'll go?

I don't know why I'm scared
'Cause I've been here before
Every feeling, every word
I've imagined it all
You'll never know if you never try
To forgive your past and simply be mine

I dare you to let me be your, your one and only
I promise I'm worth it
To hold in your arms
So come on and give me a chance
To prove I am the one who can walk that mile
Until the end starts

I know it ain't easy giving up your heart
I know it ain't easy giving up your heart
Nobody's pefect
(I know it ain't easy giving up your heart)
Trust me I've learned it
Nobody's pefect
(I know it ain't easy giving up your heart)
Trust me I've learned it
Nobody's pefect
(I know it ain't easy giving up your heart)
Trust me I've learned it
Nobody's pefect
(I know it ain't easy giving up your heart)
Trust me I've learned it

So I dare you to let me be your, your one and only
I promise I'm worth it
To hold in your arms
So come on and give me a chance
To prove I am the one who can walk that mile
Until the end starts
Come on and give me a chance
To prove I am the one who can walk that mile
Until the end starts

sábado, 7 de janeiro de 2012

Até o mundo acabar

Tem dias em que eu sinto medo. Eu acordo e algo lá dentro já está errado. Incômodo. Inquieto.
Fico quieta no meu canto e procuro me distrair com qualquer coisa que seja fácil, de compras no shopping a site de fofocas.
Mas um momento em que eu me perca da distração e volte pro mundo é suficiente. Tudo aquilo que estava lá paradinho, devidamente calmo, sobe para a superfície.
E quem transborda sou eu. É por isso que eu sinto medo. Medo de começar a chorar e não conseguir mais parar. De dar vazão a tudo o que eu engoli seco porque eu não nunca pude deixar a peteca cair.
Eu volta e meia me pergunto: e se eu deixasse a peteca cair? E se eu chutasse o balde, mandasse meio mundo à merda e realmente botasse pra fora tudo o que está me apertando o peito? Será que alguém morreria por causa disso? Será que eu morreria por causa disso?
Acho que não. Mas me falta coragem. E eu fico aqui, covarde, vendo a vida passar, chorando um pouco, levando a vida outro pouco.
  Eu queria dizer muita coisa, mas paro por aqui, um pouco por medo, um pouco por prudência. Deixo o Nando Reis terminar pra mim...

Update:


De Janeiro A Janeiro
Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, me deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar

Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor, pra sempre vou te amar

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar
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